Manhã de Luz - 12 de fevereiro - A verdadeira pureza do Coração

"O que sai do homem, isso é que o torna impuro. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções".

12 Feb
de
2025
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Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 7,14-23)

Naquele tempo, 14 Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: "Escutai todos e compreendei: 15 o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 16 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça". 17 Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola. 18 Jesus lhes disse: "Será que nem vós compreendeis? Não entendeis que nada do que vem de fora e entra numa pessoa, pode torná-la impura, 19 porque não entra em seu coração, mas em seu estômago e vai para o fossa?" Assim Jesus declarava que todos os alimentos eram puros. 20 Ele disse: "O que sai do homem, isso é que o torna impuro. 21 Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22 adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23 Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem".

Ao lermos a Sagrada Escritura, devemos ter em mente que Jesus é a chave para a sua interpretação. É a partir dEle que compreendemos tanto o Antigo quanto o Novo Testamento. Com este olhar, podemos entender a discussão presente no Evangelho de hoje sobre o que é puro e impuro. Na Antiga Aliança, especialmente no livro de Levítico, encontramos uma lista de alimentos considerados impuros que os judeus não podiam consumir. Essa noção de impureza se estendia também a pessoas, circunstâncias e realidades.

Jesus, porém, nos ensina que a impureza não reside nos alimentos que ingerimos, mas sim no que sai do interior do ser humano. Ele declara que não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai do seu coração. É do interior do coração humano que surgem as más intenções, a inveja, a ambição, a maldade, a fraude, a devassidão e a calúnia. São essas realidades que nos tornam impuros, e não os alimentos que consumimos.

É nesse contexto que compreendemos a abstinência de carne em dias como a Quarta-feira de Cinzas, a Sexta-feira Santa e às sextas-feiras do ano que não são solenidades. Essa prática não se baseia na ideia de que a carne seja impura, mas sim na penitência e no fortalecimento da nossa vontade para combater as más inclinações que habitam em nós. Portanto, busquemos constantemente lutar contra as impurezas que nascem em nossos corações, purificando nossas intenções e buscando a santidade. Que a pureza do coração seja o nosso objetivo, à luz dos ensinamentos de Jesus.

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