Manhã de Luz - 28 de julho - O sinal do pão

Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados.

31 de Julho
de
2024
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Evangelho de Jesus Cristo segundo João  (Jo 6, 1-15)

Naquele tempo, 1 Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2 Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4 Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5 Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: "Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?" 6 Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7 Filipe respondeu: "Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um". 8 Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9 "Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?" 10 Jesus disse: "Fazei sentar as pessoas". Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11 Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12 Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!" 13 Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14 Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: "Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo". 15 Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

No Evangelho de hoje, São João narra o milagre da multiplicação dos pães, este mesmo milagre é narrado nos Evangelhos de São Mateus (14, 13-21), São Marcos (6, 30-44) e São Lucas (9, 10-17). Jesus reconhece a necessidade natural do alimento, realiza o milagre para saciar a fome da multidão, provavelmente mais de cinco mil homens, mais tarde no discurso do pão da vida, Ele dirá que não veio dar apenas o pão material, mas o pão espiritual, o verdadeiro pão da vida: a Eucaristia (cf. Jo 6, 51).

O evangelista chama atenção para os detalhes do milagre, o apóstolo apresenta a Jesus apenas cinco pães e dois peixes, uma quantidade insignificante de alimento visto a multidão que os acompanhava, mas com tão pouco o Senhor consegue alimentar a todos, porque verdadeiramente realiza o milagre, mostra o seu poder, infinitamente maior que dos profetas do Antigo Testamento. Conta-se que o profeta Eliseu também realizou um sinal semelhante quando multiplicou vinte pães para cem pessoas (cf. 2 Rs 4, 42-44), Jesus porém realiza um sinal muito maior tendo tão pouco nas mãos.

Depois de saciados, a multidão o chama de profeta, mas Jesus é muito mais, Ele é o Messias que nos convida a encontrar nEle o verdadeiro alimento que dá a vida eterna. São Beda, ao comentar este trecho das Escrituras faz uma bela comparação: os cinco pães representam os cinco primeiros livros da Bíblia, o pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), os dois peixes representam os Profetas e os Salmos. Assim, Nosso Senhor que veio elevar à plenitude a Antiga Aliança, está acima da Lei, dos Profetas e dos Salmos, para nos dar a salvação eterna, já os doze cestos de sobras representam a generosidade de Deus, que supre as necessidades de toda a humanidade nesta caminhada até o céu.

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